Utilizando Fitas (Tape Drives) no DPM 2010–Parte III
Neste terceiro post iremos tratar de como trabalhar com as politicas de backup “long-term” para ajudar a escolher a mais apropriada para sua necessidade.
Como abordado no primeiro post é necessário escolher algumas opções ao criar o grupo de proteção e utilizar a opção “Long-term”.

A primeira opção Retention range indica qual o tempo de retenção ou expiração do backup. Esta opção é importante ao ser planejada pois se este tempo for alto indica o numero de fitas que precisam ser utilizadas, já que como abordado na parte II a fita só pode ser reutilizada quando este periodo terminar.
A opção Frequency of backup e Backup schedule obviamente indicam quando o backup será executado na janela de retenção.
Quantas fitas (tapes) são necessárias?
Utilizando o backup acima como exemplo, precisariamos de 6 fitas. O motivo é que o backup é diario realizado de segunda a sexta (sabado e domingo está como excluido) o que formaria um conjunto de 5 fitas. A 6ª fita é a de arquivamento, já que o rodizio das fitas só seria possivel ao completar uma semana.
Ou seja, sempre serão necessárias uma fita a mais do que o periodo indicado para ser possivel realizar o rodizio.
Utilizando o Co-location não diminuo o numero de fitas?
Sim e muito, principalmente se os grupos de proteção forem menores que 400/800GB da fita LTO-3, por exemplo, já que diversos backups poderão estar contidos em uma unica fita.
O problema do co-location é o fato do gerenciamento ser manual. No exemplo da pergunta anterior poderá existir uma rotina de backup onde o operador em um horário determinado irá trocar a fita.
Quanto o co-location está ligado é necessário ficar manualmente olhando o quanto da fita está livre para fazer a troca, alem do co-location acabar misturando backups de grupos de proteção diferentes na mesma fita, o que torna mais complexo o arquivamente em cofre ou outra forma persistente.
Exemplos com politica de renteção em cofre
Vamos fazer um exemplo de uma empresa com 3 grupos de proteção, o que é comum. Levaremos em conta que o arquivamento mensal será permanente:
- Grupo 1 – File Server com backup diário (seg-sex), retenção semanal e arquivamento mensal
- Grupo 2 – Exchange com backup diário (todos os dias), retenção semanal e arquivamento semanal/mensal
- Grupo 3 – SQL Server com backup diário (todos os dias), retenção semanal e arquivamento semanal/mensal
Para o grupo 1 precisariamos anualmente de 12 fitas permanentes mais 6 rotativas:
- 5 fitas para os backups diários
- 1 fita para fechar o ciclo semanal
- 12 fitas para os backups mensais que são o ultimo semanal do mês, que será arquivada
Como o grupo 2 e 3 são similares seriam necessárias anualmente 56 fitas permanentes e 7 rotativas que ao longo do
- 7 fitas para os backups diários
- A ultima fita de backup diário na semana será a fita semanal, portanto 4 fitas por mês que serão arquivadas
- A fita de backup mensal é a última fita do semanal, que será será arquivada
Se o mesmo grupo 2 e 3 não exijam que o backup das semanas anteriores sejam guardados ao terminar o mensal teriamos a redução de 3 fitas ao mes o que somaria 12 fitas permanentes, 3 rotativas semanais e 7 rotativas diárias:
- 7 fitas para os backups diários
- A ultima fita de backup diário na semana será a fita semanal, portanto 4 fitas por mês que serão arquivadas
- A fita de backup mensal é a última fita do semanal, que será será arquivada dispensando as 3 anteriores para rodizio
Conclusão
Espero ter esclarecido as principais dúvidas sobre backup em fitas com o DPM e fiquem a vontade para comentar ou enviar perguntas e sugestões.
Parte I – Criando grupos de proteção incluindo tapes Utilizando Fitas (Tape Drive) no DPM 2010–Parte I
Parte II – Gerenciando tapes http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Utilizando-Fitas-(Tape-Drives)-no-DPM-2010e28093Parte-II.aspx
Utilizando Fitas (Tape Drives) no DPM 2010–Parte II
Neste segundo post iremos tratar de como trabalhar com o tape drive e administrar as fitas no DPM 2010. No primeiro post abordamos a parte funcionar (Utilizando Fitas (Tape Drive) no DPM 2010–Parte I).
O gerenciamento de fitas no DPM é relativamente simples, mas importante para as atividades, principalmente quando falamos de robos com co-location habilitado.
Inicialmente, na imagem abaixo vemos um robo de fitas, a TL2000 da Dell que utiliza o drive 3573 da IBM.
Note que temos uma unidade de fita e um carrosel de 24 slots (o primeiro está carregado no drive) e cada fita tem um barcode e label indicando sua utilização.

Status – Obviamente indica se a fita está livre ou disponivel. É importante que este campo só mostra se a fita está vazia, disponivel para uso ou danificada, porem o estado disponivel (Tape available) não indica que a fita está livre ou vazia, apenas que a fita não está com problemas
Tape Label – O DPM utiliza este campo para indicar o que está dentro da fita, no caso utilizando o nome do grupo de proteção mais um código sequencial como indicativo visual para o administrador de backup. O estado Free obviamente indica que a fita não contem dados ou que estes já expiraram, conforme a politica de renteção long-term do grupo de proteção
Barcode – Indicador unico de cada fita, o barcode lhe permite identificar a fita, mas não permite fidelizá-la, o que é uma limitação do DPM que muitos criticam, porem é importante notar que o próprio DPM gerencia isto automaticamente, principalmente em robos
Offisite Ready – Indica que a fita está com o backup. Nos casos em que o co-location estiver habilitado e existe o robo este dado pode não ficar disponivel por deixar a fita a espera de outros backups, porem nos casos de tape drives sem robo este dado indicaria que aquela fita já foi usada para o backup e que deve ser tirada, e quando o co-location estiver habilitado que a fita já está cheia e não é possivel continuar a utilizá-la
O que é o Co-location?
Esta opção permite ao DPM utilizar melhro as fitas por combinar backups. Por exemplo, uma fita LTO-3 pode ser de 800GB e o backup dos dados utilizar apenas 200GB, assim o restante da fita acomodaria outros conjuntos de backup e otimizariamos a necessidade de mais fitas.
Para ativar abra o DPM Management Shell e utilize o comando:
Set-DPMGlobalProperty –DPMServerName <Servidor> -OptimizeTapeUsage $True
Quando usar o Co-location?
Nos casos de não haver robo, apenas a unidade de fita, esta opção irá ajudá-lo por permitir que uma mesma fita contenha multiplos backup.
Por outro o lado o co-location pode atrapalhar quando um dos backup não estiver expirado e a fita ficar cheia. Por exemplo, imagine que a mesma fita arquivou backup do servidor de arquivos e do SQL Server por 3 ciclos de retenção (1 mês com backups a cada 7 dias). Esta fita encheu e como os dois primeiros backups estão expirados mas o ultimo ciclo não, a fita não fica livre e não pode ser reutilizada até que o terceiro expire.
Por outro lado, se você possui o robo este utilizará a fita até o final com vários conjuntos de backups e passará para a próxima fita ao final.
Operações com Fitas
O menu abaixo mostra as opções que podem ser utilizadas com as fitas:

- Inventory Library –Esta opção faz a leitura de todas as fitas no carrousel ou a fita que está no drive caso seja unico. Em casos em que uma fita aparece nos alertas como “suspect” ou “unreadable” esta opção resolve o problema por reinventaria todas as fitas
- Rescan e Refresh – Utilizadas para o DPM reconhecer novas unidades de fita (tape drives)
- Clean Drive – Pede a fita de limpeza do drive
- Remove e Add Tape (I/E port) – Abrem a porta do tape para retirada ou colocar novos tapes
- View Tape Contents – Retorna o catalogo da fita, com os backups que ela contem e a data de expiração
- Erase Tape – Deleta os dados de uma fita, util quando ela ainda contem dados que não expiraram
- Mark as Cleaning Tape e Unmark Tape as Free – Estas opções indicam que a fita está livre ou não, sendo que neste ultimo caso é util para quando se deseja guardar permanentemente o backup
Com este segundo post vimos como administrar as fitas, no terceiro e ultimo veremos como criar as politicas de backup.
Leia a parte I – Criando grupos de proteção com uso de tapes Utilizando Fitas (Tape Drive) no DPM 2010–Parte I
Leia a parte III – Criando sua politica de backups tapes http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Utilizando-Fitas-(Tape-Drives)-no-DPM-2010e28093Parte-III.aspx
Utilizando Fitas (Tape Drive) no DPM 2010–Parte I
Uma duvida muito comum que me recebo é como utilizar tapes no DPM (System Center Data Protection Manager), já que os videos que publiquei no final de 2009 (http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Serie-Technet-VideoCast-System-Center-Data-Protection-Manager.aspx) não abordei o assunto por estar utilizando VMs e não tinha um tape drive.
Obviamente que será necessário utilizar um modelo compativel (http://technet.microsoft.com/en-us/systemcenter/dm/cc678583), e no meu caso estou com a Dell TL4000 que possui robo e dois drives.
Irei dividir em 3 posts, este primeiro em como utilizar o backup em fitas, o segundo sobre operação com as fitas e como gerenciar e o terceiro post sobre politicas de backup apropriadas.
Parte I – Utilizando backups em fita
No DPM temos o backup “short-term” que é realizado em disco e o backup “long-term” que é em fitas.
Para habilitar é necessário primeiro que o DPM reconheça a unidade, como mostrado na imagem abaixo:

Note que no exemplo acima estamos tratando de um robo de fitas com capacidade para 23 LTOs 3 ou 4 no carrousel.
Após reconhecer a unidade no grupo de proteção já irá habilitar a opção de backups em fitas, como abaixo:

Ao escolher que deseja fazer o backup “long-term” terá as próximas duas telas, a primeira abaixo mostra o periodo de retenção do backup em fita, sua frequencia e o agendamento do backup.

Por fim, escolha em qual dos drives (quando multiplos) deseja que o backup seja feito e se deseja criptografar e comprimir, lembrando que não é possivel combinar os dois métodos:

Finalizo aqui a parte 1 desta série e em breve publicarei a parte 2 e 3 atualizando este post com os seguintes.
Veja a parte II – Gerenciando fitas http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Utilizando-Fitas-(Tape-Drives)-no-DPM-2010e28093Parte-II.aspx
Vaje a parte III – Criando sua politica de backup http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Utilizando-Fitas-(Tape-Drives)-no-DPM-2010e28093Parte-III.aspx
Centro de Treinamento TechNet–System Center Configuration Manager 2007 SP2 e R3
Foi muito bom ter recebido hoje a noticia da publicação de mais um Centro de Treinamento TechNet que pude participar.
Na semana passada foi publicado o Centro de Treinamento MSDN sobre desenvolvimento de aplicações com WPF (Novo Centro de Treinamento no MSDN–WPF 4.0)
Eu esperava ansioso pela publicação desta nova trilha de aprendizado para os profissionais de TI que tive o privilégio de organizar e participar na gravação dos videos, e os profissionaios mais um vez vão poder usufruir do trabalho de 3 MVPs: Eu, Raphael Perez (dotnetwork.com.br) e o Igor Humberto (Só Bits na Mente).
Foi um trabalho demorado, já que foi necessário usar várias VMs, preparar PPTs e montar demos, mas ficou muito bom, pois alem dos videos linkamos os tópicos da biblioteca técnica do TechNet correspondente.
Segue o link http://technet.microsoft.com/pt-br/hh264602

System Center Configuration Manager 2007 SP2 e R3
Nesta trilha você aprenderá sobre a importância de um ambiente com gerenciamento centralizado. Veremos como o SCCM 2007 poderá ajuda-lo a distribuir software, realizar inventários, gerir conformidades, suporte remoto, economizar energia, relatórios gerenciais do parque de máquinas e outras importantes funções.
Gerenciando ambiente, Instalação e Configuração inicial do ambiente
Iniciaremos com um briefing sobre gerenciamento de ambientes e como o SCCM 2007 cumpre esta tarefa. Passaremos para a instalação, pré-requisitos e configuração inicial para o ambiente com SCCM 2007 em uma rede
Breve visão de gerenciamento
Instalação e pré-requisitos do SCCM 2007 SP2 e R3
Configuração inicial do ambiente da rede para o SCCM
Configurando sites secundários
Pré-requisitos e instalação (inglês)
Configurando sites para boa performance (inglês)
Novidades do System Center Configuration Manager 2007 SP2 e R3
Configurando boundaries e papeis do SCCM 2007 (inglês)
Instalação dos clientes e Inventários
Neste tópico saberemos como é realizado o descobrimento e a instalação dos agentes do SCCM. Também abordaremos como configurar, realizar e utilizar os inventários de software e hardware.
Configurando o servidor para descobrir e instalar clientes
Configurando os agentes de inventário
Utilizando os inventários e gerando relatórios
Instalando clientes (inglês)
Configurando a descoberta de clientes (inglês)
Configuração e uso de inventários (inglês)
Distribuição de Software, Updates e Sistema Operacional
Um dos principais recursos do SCCM é sua capacidade de controlar o envio, instalação e controle de softwares. Veremos como integrar o SCCM ao WSUS para distribuição centralizada e controlada dos updates.
Configurando os servidores e agentes para distribuição de software
Criando pacotes, programas e anúncios de software
Integrando o WSUS com o SCCM e distribuindo updates
Integrando SCUP com o WSUS para distribuir updates para softwares não-Microsoft
Configurando o SCCM para distribuir imagens de Sistema Operacional
Utilizando o SCCM para distribuir Sistema Operacional
Distribuição de software com o SCCM 2007 (inglês)
Distribuição de updates com o SCCM 2007 (inglês)
Distribuição de SO com o SCCM 2007 (inglês)
Gerenciando o parque de máquinas
Neste tópicos abordaremos as features que nos permitem gerenciar o parque de máquinas e gerenciar o uso de aplicações, bem como as funcionalidades adicionadas pelo R3.
Gerenciando software com o Software Metering
Utilizando o Asset Inteligence para gerenciamento de aplicações
Utilizando o Desired Configuration Manager (DCM) para garantir uniformidade
System Center Configuration Manager 2007 R3 e o Cliente Verde
Utilizando o Software Metering (inglês)
Utilizando o DCM para compliance de ambientes (inglês)
Gerenciamento de energia com o SCCM 2007 R3 (inglês)
Wake Up On Lan com o SCCM 2007 (inglês)
Relatórios, Monitoração e Manutenção do SCCM 2007
Conheça os relatórios nativos do SCCM 2007, bem como os integrados ao SQL Server Reporting. Monitores os diferentes logs, contadores de performance e ambiente do SCCM 2007. Prepare-se para recuperação de falhas.
Integrando o SCCM 2007 ao SSRS
Breve visão dos relatórios do SCCM 2007
Criando queries e relatórios no SCCM 2007
Monitoração e analise do ambiente
Backup e restore do SCCM 2010
Instalando relatórios no SCCM e SRSS 2008 (inglês)
Desenvolvendo queries e relatórios no SCCM 2007 (inglês)
Recuperação de desastres (inglês)
Portas Utilizadas pelo SCCM 2007 e SCOM 2007
É comum atender clientes onde filiais não trocam dados e descobrirmos que o problema é firewall ou outro problema de comunicação.
Na semana passada já havia postado as portas que são utilizadas pelo Windows 2008 (http://bit.ly/faB026) e agora é interessante ter o mesmo conteudo para a familia System Center.
O melhor dos dois primeiros documentos é que contem uma representação gráfica de um ambiente completo.
System Center Configuration Manager 2007 R3: http://technet.microsoft.com/en-us/library/bb632618.aspx
System Center Operation Manager 2007 R2: http://technet.microsoft.com/da-dk/library/cc540431(en-us).aspx
System Center Data Protection Manager 2010: http://blogs.technet.com/b/schadinio/archive/2010/07/20/dpm-protocols-and-ports-used-by-dpm.aspx
Bom proveito!