Introdução ao Azure Stack em Video aula
Segue a apresentação em video aula criada para o Business Partner, agora disponivel público:
Azure Stack 1-Entenda a solução
Agora já disponivel na maior parte dos paises do mundo onde a Microsoft possui Datacenters, o Azure Stack passou a ser um tema constante.
Mas primeiro é preciso entender o foco e composição da solução.
Como é composto?
O Azure Stack é um rack de servidores com tamanhos e configuraçoes pre-determinados, hoje disponivel pela Dell, HP, Lenovo e Cisco.

O HW de cada fabricante foi homologado e padronizado, o que garante updates diretamente do Azure Stack tanto para o software quanto para hardware.
Isso quer dizer que não posso utilizar minhas próprias configurações? Exatamente, para garantir que o sistema fique atualizado e a hiperconvergencia funcione os drivers tem que ser homologados e testados.
É importante entender que todo o Azure Stack é baseado no modelo de hiperconvergencia, ou seja são utilizadas as tecnologias de SDN (Software Defined Network) e SDS (Software Defined Storage) ou SDx em geral como são chamadas.
Ou seja, não existe um storage dedicado. Cada servidor possui uma parte de discos SAS de 15k e discos SSD, com o Storage Space Direct (S2D) habilitado. Isso permite que os servidores tenham seus armazenamentos somados ao compartilhar os volumes entre sí.
A garantia de dados com o S2D é garantida pela distribuição de dados entre os servidores, como já faz o vSAM da VMWare ou o Nutanix.
Para quem se destina?
Diferente do que muitos pensam, o Azure Stack não visa o cliente que acha o Microsoft Azure caro e sim os que tem limitações em relação a nuvens públicas.
Por exemplo, alguns cases no Ignite foram da Swisscom e a KPMG da Suécia.
A KPMG o cenário foi a legislação e a exigencia de alguns clientes que não queriam seus dados de auditoria disponiveis em nuvem pública por mais que tente se justificar a segurança do dado. A solução foi o Azure Stack onde a KPMG teria os mesmos serviços utilizados por outras filiais no mundo, mas on-premisse.
Já o case da Swisscom foi o de ser um Datacenter local, já que o Azure não tem um DC no pais. Assim, aqueles clientes que querem utilizar serviços de nuvem pública podem utilizar a nuvem privada do Azure Stack para hospedar seus serviços localmente.
Ou seja, os principais clientes são, entre outros:
- Paises onde existem restrições legais quanto a armazenar dados em outros paises
- Datacenters interessados em fornecer serviços a seu usuário a mesma interface do Azure, mas localmente, por exemplo no Brasil só temos um DC Microsoft Azure e um provedor tradicional poderia usar o Azure Stack como ponto de Avaliability Group
- Empresas com alto uso de recursos computacionais baseados em IaaS e que possuem Datacenter próprios
- Empresas com tradição on-premisse que não querem ver seus dados fora do ambiente, mas desejam utilizar o modelo de Cloud Publica “in-loco” com facil manutenção e suporte de alto nivel
E aquele cliente que acha o Azure caro, vale a pena usar o Stack? Na ponta do lapis não, pois precisamos lembrar que é um rack e precisa de refrigeração, energia, piso elevado e todos os outros custos envolvidos em um DC fisico.
Quanto custa o Azure Stack?
Primeiro é necessário ver o custo do Hardware que pode ser vendido diferente por cada um dos atuais 4 fabricantes.
Por exemplo no caso da Dell as configuraçoes começam em 4 servidores de 20 CORE e 4.1TB, podendo chegar a doze servidores por rack, sendo a capacidade máxima de 4 Racks com 12 servidores cada um.
Alem disso, temos os servidores Low, Mid e High profille, onde um rack com os 12 servidores High Profile a capacidade é 336 Core, 6.1TB RAM, 138TB cache, 1.2PB de disco!!!!
Agora vamos falar do custo de Software. É importante lembrar que o Azure Stack não tem custo de software, ou seja ele é bilhetado como um serviço, que inclui:
- Atualizações do Software Stack
- Atualizaçoes de Drivers e componentes lógicos
- Disponibilização e pré-configuração dos componentes e templates
- Suporte Microsoft do Azure é o mesmo que atende Azure Stack
Ou seja, o Azure Stack tem um custo pelo consumo, não com licenciamento, na modalidade “Pay-As-You-Use”, baseado na tabela abaixo:

Referencia: https://azure.microsoft.com/pt-br/overview/azure-stack/how-to-buy/
Baseado nisso, temos como exemplo uma VM A2 que custa U$ 130/mês no Microsoft Azure, no Azure Stack sai por U$ 40/mês.
Claro que deve-se incluir no TCO a infra do Datacenter, garantia e suporte do HW, administração e energia elétrica que no Microsoft Azure não temos.
Mesmo assim, grandes ambientes que já contam com Datacenter a opção passa a ser vantajosa por já incluir muitos destes custos embutidos.
E se o cliente não quiser pagar por consumo?
Tambem é possivel adquirir o custo por CORE, mas pessoalmente não vejo vantagem pois o custo aumenta pelos seguintes motivos:
- No modelo variável “Pay-As-You-Use” a escalabilidade tambem reflete no preço quando diminuir a carga
- No modelo desconectado é necessário pagar em separado o licenciamento de Windows e SQL que no modelo “Pay-As-You-Use” está embutido
- No modelo desconectado o pagamento é anual e upfront

Todos os Serviços do Azure Estão Disponiveis no Azure Stack?
Ainda não. Como pode-se ver na tabela de preços os mais importantes sim.
Por exemplo, alguns tipos de VMs como G não poderiam rodar no Stack e o mesmo com alguns serviços de alta capacidade como Machine Learning e Cognitive Services.
É possivel criar planos e juntar diferentes soluções para criar workloads complexos, como documentado em https://docs.microsoft.com/en-us/azure/azure-stack/azure-stack-offer-services-overview
Conclusão
Azure se tornou o principal produto da Microsoft e com o Stack a integração entre as nuvens pública e privada realmente se torna uma experiencia unica!
Acesse o link da documentação e saiba detalhes do produto: https://docs.microsoft.com/en-us/azure/azure-stack/
Disponivel para Compra o Azure Reserved Instance
Em um post no inicio do mês comentamos sobre o Azure Reserved Instance em http://www.marcelosincic.com.br/post/Reducao-de-Custos-com-Azure-Reserved-Instance.aspx
Agora já está disponivel para compra e tambem na calculadora do Azure (Azure Pricing Calculator) para estimar a economia tanto apenas a VM quanto com o AHUB.
Para relembrar, o AHUB é o recurso que permite economia por utilizar as licenças já adquiridas que tenha Software Assurance http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-Convertendo-Licenciamento-para-Azure.aspx
Utilizando a Calculadora
Acesse a calculadora de custos do Azure e ao acrescentar uma VM verá a opção de incluir o AHUB e tambem o RI de 1 ou 3 anos.
Abaixo seguem as imagens demonstrando como escolher e a redução possivel onde de $102 para uma VM normal, caimos para $58 em uma VM RI de 3 anos e juntando o AHUB para U$ 24!!!!!



E por ultimo com a opção de AHUB:

Comprando Reserved Instance no Portal do Azure
A compra do RI pelo portal exige que primeiro seja ativada a oferta na assinatura.
É importante que assinaturas de beneficio MSDN ou EA Dev/test não possuem o RI pois já tem um custo de 40 a 60% menor nas VMs.




Resumindo: Agora podemos ter uma VM com mais de 80% de desconto juntando as ofertas de RI e AHUB!!!
Software Asset Management (SAM)–Convertendo Licenciamento para Azure
Este tópico é relevante no momento em que estamos de migração para Cloud Publica em muitas empresas.
Dando continuidade a série sobre SAM, vamos pular alguns outros tópicos e dar atenção a Azure. Para ver a lista de assuntos que já abordamos acesse http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager.aspx
Atualização: Conheça o Reserved Instance no artigo http://www.marcelosincic.com.br/post/Reducao-de-Custos-com-Azure-Reserved-Instance.aspx
1 – Utilizando o Licenciamento Normal para VMs Windows (SPLA)
Ao criar maquinas virtuais no Azure já é possivel definir que o sistema operacional é Windows e pagar o licenciamento embutido como parte do serviço.
Esse modelo de licenciamento é chamado de SPLA e permite a um provedor (não existe apenas no Azure) licenciar VMs como serviços faturado ao invés do cliente comprar a licença perpétua como acontece em ambientes on-premisse.
O custo desse licenciamento é medido por comparar valores de VMs iguais com Windows e Linux em https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/details/virtual-machines/linux/ e https://azure.microsoft.com/pt-br/pricing/details/virtual-machines/windows/
No dia que montei esse post o valor hora de uma VM D2 v2 Linux é de U$ 0,159 e a mesma VM com Windows U$ 0,251. Ou seja uma diferença de 43% no preço da VM.
Por essa diferença de preço que temos opções de usar outras formas de licenciamento que falaremos a seguir.
2 – Utilizando AHUB (Azure Hybrid Use Benefit)
O AHUB nada mais é do que usar a sua licença já comprada em contrato com Software Assurance (SA) no Azure e assim não pagar o licenciamento SPLA.
Note porem que sua licença deve ter SA contratado, ou seja o direito de atualização e virtualização. Se não conhece o SA veja o post http://marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager-Windows-Desktop.aspx onde temos um tópico sobre isso.
No caso de usar o AHUB a diferença de preço calculada no item anterior não existe, já que o licenciamento passa a ser feito em contratação em Enterprise Agreement, MPSA ou mesmo OPEN. O tipo de contrato depende do valor e é adquirido junto a um parceiro de licenciamento Microsoft (LSP).

A Microsoft já disponibiliza os templates para VMs AHUB mas tambem é possivel usar PowerShell com o parametro –licencetype. No caso se usar o portal, basta criar a VM informando isso:

Porém é importante ressaltar que o AHUB é uma maquina Windows criada com a camada de preço do Linux e não é possivel fazer a alteração pelo portal. Ou seja, será necessário recriar a VM caso ela já exista no modelo normal.
Claro que existem formas mais fáceis:
- Deleta a VM, mas não delete o disco
- Crie uma nova VM como AHUB
- Anexe o disco da VM que foi deletada
3 – Utilizando CPP (Compute Pre-Purchase)
O CPP é um velho conhecido de quem usa AWS, com o nome de RI (Reserved Instance), mas com uma diferença. Veja o link a seguir, mas ele não tem muitos detalhes: https://azure.microsoft.com/pt-br/overview/azure-for-microsoft-software/faq/
Enquanto no AWS o cliente compra uma VM de determinado tipo/camada, no CPP do Azure o cliente compra horas de computação de determinado tipo/camada de VM, seguindo algumas regras:
- Equivalem a compra de 744 horas de um deterninado tipo de VM
- São compradas por 12 meses independente do aniversário do contrato (não tem pró-rata)
- Não são vinculadas a uma VM especifica, funciona como um abatimento nas horas totais
- Não podem ser utilizadas ou realocadas para outros tipos de VM como se fosse proporcional
- É paga upfront, ou seja o valor de 12 meses
A redução de custo é significativa, mas o valor depende do tipo de contrato que o cliente possui e o nivel de desconto, em alguns casos chega a 60% para clientes EA.
Para entender o cáculo, vamos usar uma tabela simples de custo HIPOTÉTICO:
VM | Quantidade | Horas Total | Valor Normal | Comprado em CPP | Pago em Commitment | Economia |
D2 v2 | 5 | 3200 | 3200 horas a U$ 0,251 U$ 803,20 | 3 VMs equivalente a 2.232 horas a U$0,16 U$ 357,12 | Saldo de 968 horas U$ 242,96 | U$ 203,12 |
Mais uma vez é importante ressaltar que essas VMs não podem ser atribuidas a outro tipo, o CPP cobre por 12 meses 744 horas mensais de um deterninado tipo de VM.
Porem, alguns clientes utilizam o CPP para upgrade uma vez que a redução de custo permite com o mesmo valor já provisionado para Azure subir de 2 a 3 camadas as VMs já existentes!
4 – Utilizando CPP + AHUB
É possivel combinar o CPP com AHUB? SIM!!!
Levando em conta que o cálculo acima do CPP foi hipotético, usamos o valor referencia de U$ 0,251 para VMs Windows no CPP com valor de U$ 0,16, ou seja uma VM com o licenciamento Windows SPLA.
Se juntar o desconto que o AHUB proporcional, você poderá comprar VMs Linux e usar o licenciamento que já possui em contrato, como exemplo o valor da mesma VM D2 v2 de U$ 0,159 Linux cairia para U$ 0,12 com Windows utilizando o licenciamento existente.
CONCLUSÃO
Com o CPP você pode economizar de 25 a 60% sem ter que fazer nenhum esforço, e com o AHUB você pode criar VMs muito mais em conta utilizando o contrato existente com Windows.
Claro que o CPP é muito mais atrativo, uma vez que ele não exige mudança no template da VM, mas tanto o AHUB quanto o CPP precisam ser incluidos em contratos de licenciamento.
Agora divirta-se, consulte seu parceiro de licenciamento e veja quanto poderá economizar com estas duas opções de licenças!!!
Site para Teste de Rede com Azure
Muito comum quando estamos em projetos com Azure termos o questionamento sobre os custos e recursos disponiveis fora do Brasil versus latencia.
Para equalizar este tipo de situação, podemos usar o site http://www.azurespeed.com/

Alem do teste de latência podemos fazer testes de download e upload, ranges de IP usados por cada datacenter e outras informações bem interessantes.